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Embalagem de alimentos: o que levar em conta e como escolher?

Postado em 14/04/2022
Embalagem de alimentos: o que levar em conta e como escolher?

Existem diversos aspectos que precisam ser levados em conta na hora de escolher e desenvolver a embalagem do seu produto. Isso porque já é comprovado por diversos estudos que o poder de venda de uma embalagem, no contexto de um estabelecimento comercial, é responsável por até 50% do fator de decisão de compra. Por isso, antes de definir qual será a embalagem do seu produto, preste atenção aos sete detalhes que vamos explicar neste artigo. Vamos lá?

Jornada do cliente

Para escolher as melhores opções para a sua embalagem, faça um teste você mesmo, colocando-se no lugar do consumidor dentro de um supermercado, por exemplo. Caminhe entre as gôndolas, perceba e anote as cores, os detalhes e as informações que mais lhe chamam a atenção e convencem a comprar um determinado produto.

Por exemplo, um picolé. Geralmente ao lado desse produto, existem diversos outros similares os quais você vai analisar antes de decidir qual é o melhor candidato. Nesse quesito, diversos fatores contam para a conquista do cliente: cores, preço, informações da embalagem e qual história aquele produto te conta. Se você ainda não tinha pensado sobre isso, continue lendo, pois vamos explicar tudinho nos próximos tópicos.

Design e cor 

Existem no mundo do design e da teoria das cores alguns padrões que o cérebro humano reconhece ao entrar em contato com os produtos. E isso acontece tanto no mundo da alimentação, quanto na perfumaria e identidade visual de marcas. Por exemplo, geralmente a cor preta é utilizada para produtos de luxo, acompanhada de cores como dourado ou tons mais sóbrios.

Fazendo um exercício rápido, pense em um picolé de embalagem preta e elegante. Não precisamos nem mesmo mencionar marca, certo? Cores como essa também dão a entender que o produto que está ali dentro é feito com processos e ingredientes especiais, de alta qualidade, como por exemplo o chocolate da Ruby. Então muito cuidado na escolha das cores para não gerar expectativas diferentes das que o seu produto cumpre, ok?

Vale a pena investir um pouco do seu tempo fazendo uma pesquisa sobre as cores e o que cada uma delas ativa no cérebro humano. Uma boa opção também é contar com profissionais especializados na área. Este tipo de investimento costuma ser importante, já que afetará diretamente no poder de venda do seu produto ao consumidor final. Da mesma forma, o design, seja na arte a ser impressa ou no formato do seu produto, pode afetar a experiência de compra e consumo do seu cliente. Crianças lembram bem mais “do picolé em formato de coração” do que do nome da marca, por exemplo.

História do produto

A alimentação mexe muito com o emocional das pessoas. Por isso, a experiência com o seu produto precisa ser a mais satisfatória possível. Além disso, é importante para a construção da sua marca criar alguma história, mesmo que breve, na própria embalagem. Mais do que falar “sabor chocolate”, você pode ser mais criativo e incluir uma frase mais atrativa como “chocolate que derrete na boca”. Dessa forma, você cria uma história e mostra onde aquele produto pode levar a experiência do seu consumidor. Legal, né?

Além disso, brincar com o nome dos produtos também é uma forma bacana de fazer isso, ativando o lado emocional do comprador. Nós já falamos sobre isso antes em outro artigo aqui no blog, trocando por exemplo o nome “sabor baunilha” por “tortinha da baunilha da vovó”. Para ler mais sobre esse assunto, você pode dar uma olhada nos tópicos 6 e 7 do artigo “7 passos para aumentar as vendas de sorvete”, clicando aqui. 

Informação a seu favor

Como você já deve saber, a Anvisa obriga todos os fabricantes de alimentos a colocarem em suas embalagens algumas informações técnicas sobre ele. E como se trata de uma normativa, não vamos abordá-la aqui. Por outro lado, lembre-se que a história do seu produto, que falamos no tópico anterior, também conta como informação. Então se você disse que “o chocolate derrete na boca”, ele precisa mesmo derreter, ok?

Um dos maiores desafios da venda de alimentos é equilibrar as informações da sua embalagem com a realidade, entregando ao cliente exatamente aquilo que ele espera consumir. E tudo bem ter produtos mais simples. Inclusive você pode usar isso ao seu favor modificando a forma de comunicar. Ao invés de “sabor limão”, você pode utilizar “Limão refrescante”.

Jornada do produto e elementos funcionais

E por fim, mas não menos importante, é preciso pensar na jornada do seu produto da fábrica até o local de venda e, claro, nas mãos do consumidor. É sempre interessante que ele tenha uma embalagem que auxilie na sua preservação como, por exemplo, as batatinhas que vêm com muito ar para que não quebrem no transporte. No final, conseguir abrir a embalagem sem correr o risco de jogar tudo pelos ares também conta muito. Então atenção a tudo isso!

Concluindo…

Ufa! É bastante coisa para considerar antes de escolher a sua embalagem, certo? Mas lembre-se que a capacidade de venda do seu produto pode estar até 50% nas mãos dos pacotes que você escolhe, então é melhor caprichar! Também fique atento à experiência oferecida ao seu cliente. Ela deve ser correspondente à expectativa que a sua embalagem causa nele. Nada de fazer embalagens de luxo para produtos de segunda linha, ok? Ser honesto também conquista muitos públicos.